terça-feira, 30 de setembro de 2008

Metodista transmite programa de rádio ao vivo


Comemorando os 200 anos da imprensa no Brasil, o 4º Encontro de Jornalismo Metodista 2008 transmitiu ao vivo na noite da última terça-feira (23) o programa de rádio Globo Esportivo. A atração contou com a apresentação de Oscar Ulisses e participações de Paulo Junior (PJ), do comentarista Caio Ribeiro e do professor da Metodista Eduardo Borga.

Oscar iniciou agradecendo o convite para o evento e destacou a idéia de fazer um programa fora do estúdio, com a participação direta dos alunos. “É legal a relação entre estudantes e professores, está sendo bom para nós da Rádio Globo matar a saudade convivendo com os universitários”. O programa abrangeu as principais notícias de esportes e contou com as opiniões de alguns estudantes sobre o tema.

Durante a transmissão, o quadro “Ponte Aérea” interagiu com os correspondentes Zé Carlos, do Rio de Janeiro, e Oswaldo Reis, em Minas Gerais onde tiveram também participações de alunos das universidades locais.

O professor Borga diz que o evento foi muito importante para a Universidade, porque os alunos puderam saber como funciona o jornalismo radiofônico e que a idéia de estar interligado com outros estados ao mesmo tempo é muito interessante.

“A Bela e a Bola”, de Renata Fan, é um quadro curto que destaca uma única noticia. Renata falou sobre o Palmeiras. O programa além de mostrar notícia esportiva, também passa informações sobre o trânsito e previsão do tempo.

O que mais chamou atenção foi à presença de Caio Ribeiro, comentarista da Rede Globo. Muitos queriam tirar fotos e pedir autógrafos. Ele atendeu a todos. “Participar de um programa fora do estúdio é mais gostoso tendo o contato com o público, tem calor humano apesar do frio”, afirmou o ex-jogador.

Alberto Rigolo, ex-técnico da seleção brasileira de handebol, teve uma pequena participação e comentou sobre a atuação das equipes nas Olimpíadas de Pequim. Falou ainda sobre um projeto que existe desde 1993 de inclusão social nos Esportes da Metodista.


Texto
Alex de Cara, Bárbara Martinez, Carla Legner e Raquel Munhoz.

Jornalismo Participativo é tema da última palestra do 7º Encontro de Jornalismo

A última palestra do 4º Encontro de Jornalismo realizado pela Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Metodista trouxe profissionais que se destacam na área, como Ana Lúcia Araújo do site Limão, do grupo Estado, Margot Pavan do grupo Abril, Ricardo Fotios, professor da FAJORP e integrante do UOL e Camila Escudero, também professora da FAJORP que foi a moderadora do evento. O tema dessa palestra foi Jornalismo Participativo que envolve sites de relacionamento e salas de bate-papo.

Os alunos de todos os cursos da FAJORP foram convidados a participar do evento. Um dele é Eduardo de Oliveira Ribeiro que está no sexto semestre de Relações Públicas. Ele conta que achou muito boa a iniciativa de tratar desses temas da área do jornalismo com profissionais renomados. Em relação a sites de relacionamento, Eduardo afirma “Eu utilizo poucos. O que eu mais acesso é o Orkut. É importante ter sites assim pois são os novos meios de diálogo e hoje toda área de comunicação usa esses sites como uma ferramenta de relacionamento com o público”.

Outra aluna que participou dessa última noite do evento foi Mariana Espósito (foto) que cursa o 3º semestre de jornalismo. Ela diz ter gostado da palestras porque muitos pontos sobre jornalismo participativo que não estavam claros para ela foram esclarecidos. A estudante do 4º semestre de jornalismo, Jéssica Brizzante afirma que as palestras foram muito importantes para os futuros profissionais “vejo essa iniciativa como um exemplo tanto para aqueles que estão entrando no mercado de trabalho, quanto para aqueles que já estão nele. É uma oportunidade de proporcionar para os alunos um contato direto com os profissionais mais renomados que estão no mercado”, completa Jéssica. Ela também diz não entrar muito em salas de bate-papo pois prefere navegar pelos sites de notícias.

Entre a platéia do evento estava o coordenador do curso de Jornalismo da Metodista Rodolfo Carlos Martino (foto) que diz que essa foi uma experiência única para todos da FAJORP. “Nesse ano teve mais adrenalina. Ao vivo tudo pode acontecer. Estou muito feliz e quero levar essa experiência para outras escolas. Isso é uma porta que se abre para os alunos”, diz o coordenador”. “O melhor desse encontros, foi a diversidade desses profissionais que participaram dos painéis. Os alunos puderam comparar. É um bom caminho e vocês estão só começando”, conclui o professor.

Equipe de reportagem: Carolina Garcia, Giovana Fioratti, Juliana Artur do Nascimento, Letícia Genésio, Mariana Cardoso

Importância do jornalismo participativo

“Quando a gente faz da nossa profissão uma coisa pequena, medíocre, a gente deixa leigos tomarem o nosso lugar”. Essa foi a observação que Ana Lúcia Araújo, editora de conteúdo e homepages do site Limão, que pertence ao Grupo Estado, fez no encerramento do VII Encontro de Jornalismo realizado pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo – na quarta-feira à noite, 24. Foi ressaltada a importância do jornalismo como ferramenta de papel histórico dentro da sociedade e do bom preparo dos estudantes de jornalismo. “É importante ter pessoas jovens e bem preparadas nas redações”, destacou.

O encontro, mediado pela professora Camila Escudeiro, da Fajorp – Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas –, também contou com a presença de Ricardo Fotios, gerente de conteúdo do UOL e membro da Fajorp, e Margot Pavan, gerente de desenvolvimento de mídia digital da Abril.com. Como os três convidados já haviam trabalhado juntos, houve muita integração durante todo o painel, o que tornou o debate um bate-papo descontraído.

A palestra teve seu enfoque no jornalismo participativo e na interatividade da internet na atualidade. Em um país onde o número de internautas residenciais cresce cada vez mais – alcançando o recorde em julho de 2008 com 23,7 milhões de pessoas conectadas, segundo dados do Ibope/NetRatings divulgados em 27 de agosto ­­­–, Ana Lúcia destacou a importância da internet como um dos principais veículos de informação jornalística no Brasil e a possibilidade de integração imediata com o público. “Na internet a gente sabe que pelo menos o título ele [o leitor] leu, porque ele clicou [...] Aí ele comenta e diz ‘está tudo errado isso que vocês escreveram’, e a gente vai lá e corrige”. Ela ressaltou a importância da opinião e da participação do público como forma de melhorar o papel da internet como jornalismo participativo e exemplificou quando, em 11 de setembro, o mural do UOL ajudou três famílias brasileiras a encontrarem seus familiares em Nova York em meio à confusão daquele dia.



Ana Lúcia, formada pela UMESP, relembrou os primeiros anos de trabalho no UOL, que é joint venture dos grupos Folha e Abril, e depois na Folha Online. Ela diz que foi “um processo muito duro convencer o jornalista de redação a colocar seu material na internet", pois o jornalista podia ter seu material contestado por alguém com mais conhecimento no assunto tratado. Essa contestação, segundo ela, valoriza a informação. "Mais do que prestar um serviço, a gente dava espaço pra essa informação crescer", afirma. Foi debatida também a importância do bate-papo do UOL como uma ferramenta de impulsão da internet no país. “O bate-papo tinha mais audiência que a home da UOL”, lembra Margot.

No comando do Limão desde a sua criação, em 2007, Ana Lúcia explicou que ele surgiu através do trabalho de “pessoas que um dia fizeram o UOL, a Abril, a Folha" e que foi interessante "ver o Estadão abrindo as portas para a participação do público", já que o jornal sempre foi visto como um grupo conservador, que agora está tentando ganhar “a simpatia do público jovem” e interagir mais com o leitor. O portal, que conta com quase 350 mil pessoas cadastradas, busca levar um conteúdo de relevância, com foco no jornalismo colaborativo, de maneira positiva ao público jovem. A origem do nome Limão não é conhecida nem pelos próprios criadores do projeto, porém, segundo Ana Lúcia, a versão mais aceita se trata de um mix entre a localização do Estadão, situado no bairro do Limão, em São Paulo, e, em meio a empresas estrangeiras como Apple e Orange, a “versão brasileira” das frutas, o Limão, que “é usado para tudo”.



A responsabilidade sobre os comentários que os usuários fazem em notícias e posts de blogs também foi discutida. Fotios lembrou a existência de uma jurisprudência que, em caso de processos judiciais, tanto quem gerou o comentário como quem escreveu a notícia e também a entidade responsável pelo site devem responder pelo ocorrido. Ana Lúcia e Margot já tiveram que testemunhar em casos desse tipo. “A gente encontrou muito juiz pouco disposto a entender o que era [a internet] e achar que ia fazer a vida tirando dinheiro da gente. Teve muita má-fé. E aí você viajava [...] [pra responder] acusações de brigas [...] de meninas de 15 anos, uma falando mal da outra, e a culpa era do UOL", relembra Ana Lúcia. A jornalista disse que esse tipo de conjectura era como "culpar a Bic pelas cartas dos seqüestradores".

Ao final do evento, Ana Lúcia, que foi por três anos coordenadora da Pedal no Brasil, uma organização de jornalistas digitais da América Latina, disse que o grande diferencial da internet feita no Brasil com relação àquela feita nos outros países do continente é o idioma. "Os argentinos fazem uma internet de qualidade, de potencial [...] O México também. E a vantagem deles é que eles falam a mesma língua e isso acabou provocando nesses países uma integração muito maior”, exemplifica a jornalista. A audiência do jornalismo online feito pelos países latino-americanos de língua espanhola é ampliada exatamente porque o mercado consumidor é maior.

Reportagens: Thais Cardoso, Taísa Santana, Mylena Rodrigues, Kátia Kawano e TC Muniz Relvas
Edição: Thais Cardoso e Taísa Santana
Fotos: Marina Brandão
Vídeos: Thiago Luis

Interatividade e participação no jornalismo



O encerramento do 7º Encontro de Jornalismo, na noite de quarta-feira (24), teve como tema o jornalismo participativo. A palestra foi mediada pela professora Camila Escudeiro, da FAJORP, e foram recebidos os seguintes convidados: Ana Lúcia Araújo, do site Limão/Grupo Estado, Margot Pavan, da Abril.com e Ricardo Fotios, gerente geral do UOL e professor da Universidade.

A questão da ação cada vez mais participativa do público nos meios de comunicação, ajudando, opinando e até mesmo corrigindo, foi discutida amplamente pelos palestrantes. No inicio do encontro Margot Pavan falou sobre os princípios do UOL, as salas de bate papo, e o que mais chamava a atenção, que era exatamente a sensação de falar com alguém desconhecido.

Margot, que também é coordenadora de conteúdo do “Second Life”, do IG, comentou sobre o jogo: “é um ambiente virtual onde as pessoas recriam a realidade”.

Ana Lucia Araújo defendeu a identificação dos usuários em fóruns e tomou com exemplo o portal Limão, onde cada usuário tem que obrigatoriamente cadastrar seu CPF antes de participar de discussões. "Se você tem algo realmente relevante para dizer, não tem porque não se identificar",

Fotios negou a idéia de que a participação dos usuários resultará na diminuição do espaço para o jornalista. “Se não houver jornalista não existe jornalismo participativo (...) O público não é inimigo do jornalista, é amigo”, disse. Ainda considerou que “a interação com o público é ótima. Tem sempre uma pauta”.

DIVERSIDADE

Sobre o encontro, Rodolfo Martino, coordenador do curso de jornalismo, considerou que a diversidade de profissionais foi o mais relevante. Teve grande destaque a participação de Paulo Henrique Amorim, “fechando questões e derrubando muro”, conforme pontuou Martino, e do jornalista Laurentino Gomes, que “vendeu mais de 40.000 exemplares [do livro 1808] e que, apesar da experiência, mantém ainda muita expectativa com a profissão”, afirmou o coordenador.

Ao público presente ficou a mensagem de que o jornalista deve ter conteúdo, mas também deve saber ouvir seus leitores e promover a interação, mantendo o “papel de servidor público”, conforme ressaltou Fotios.

Equipe de reportagem: Antonio Galvão, Caio César, Carla Gragnani, Jonathan Alcalá, Marina Schimidt, Renan de Souza e Ricardo Sturk

Jornalismo e interatividade

O encontro levantou questões sobre o papel do jornalista e das ferramentas de interatividade utilizadas hoje na web. Os convidados, Margot Pavan, gerente de mídias digitais da Abril.com, Ana Lúcia Araújo, do site Limão, do Grupo Estado, e o professor da FAJORP (Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Metodista) e gerente-geral do UOL Ricardo Fotios se reuniram no campus Rudge Ramos da Universidade Metodista de São Paulo. Camila Escudeiro, também da FAJORP, mediou o evento.

Pavan, atual responsável pelo conteúdo “web 2.0” (de interação com o público e criação de conteúdo pelo usuário) da Abril.com, contou um pouco de sua trajetória profissional e arrancou suspiros do público ao narrar o primeiro contato de sua filha com a enciclopédia virtual Wikipédia. “Com apenas 8 anos, ela virou guardiã de um verbete”, relatou. Apesar disso, considerou o site como “resultado do bem vencendo o mal”, após confessar descrença na fase inicial do projeto. A jornalista é pioneira no uso de serviços desse tipo no Brasil, tendo trabalhado nos portais UOL e iG , além de lecionar na Faculdade Belas Artes.

A primeira iniciativa de interatividade digital via web, no Brasil, veio do Grupo Folha e da Abril, que juntos criaram o UOL – até hoje um dos grandes portais provedores de acesso e conteúdo do País. Pavan contou à platéia, formada em maioria por alunos de jornalismo da própria universidade, que o modelo usado para a criação do UOL foi o site norte-americano America Online. “Passei dias destrinchando o site, com conexão discada, esperando meia hora para abrir cada link”, disse. “A internet acabou expressando o desejo de comunicação de dar voz às pessoas. As tecnologias avançam e nossos desejos de comunicação também”, concluiu.

O Encontro de Jornalismo da FAJORP – UMESP é uma iniciativa anual da Universidade Metodista de São Paulo. A última versão, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de setembro, teve como tema os 200 anos de imprensa no Brasil e contou com grandes nomes da área, como Ricardo Kotscho, Hélio Campos Mello e Laurentino Gomes.

Equipe de reportagem: Leila Leal, Marcelo Melo, Marina Duarte,
Melissa Teófilo, Natália Regazzo, Paula Zanela, Rafael Abraham, Vanessa Elisa

A palavra da platéia

Os jornalistas Ricardo Fotios (UOL), Margot Pavan (Abril.com), Ana Lúcia Araújo (Limão/Estadão) e Camila Escudero (Fajorp), todos envolvidos de alguma maneira com o jornalismo participativo, mote principal do evento.

Ana Lúcia falou sobre sua carreira na Folha de S. Paulo e sobre seu atual projeto, o site “Limão”, que se utiliza muito dos recursos do jornalismo feito por pessoas normais. Conversamos com alguns dos ouvintes da palestra para saber suas opiniões sobre o tema.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Não só no jornalismo participativo em si, mas também no jornalismo da Internet, que precisa evoluir muito em termos de credibilidade e modos de cobertura. É uma coisa muito nova. Acredito que ainda vá mudar muito, e em pouco tempo, se comparado com o modo que é feito hoje. Creio que não vai demorar muito para acontecer grandes mudanças. Dentro do que tem sido feito hoje, ainda é uma cobertura que deixa a desejar. Espero que essa cobertura se especialize um pouco mais para ficar melhor e mais interessante para o usuário.

Você acha justo o site ser processado por uma publicação indevida de um usuário que pode, ou não, se identificar?

Acho interessante o ponto que ela tocou, que deva existir uma mediação. Alguns transtornos para a empresa devem ser evitados, assim como para o usuário do site ou blog. Enfim, o usuário tem que ter um pouco de liberdade para poder expressar o que está querendo dizer. Então, se tiver muita mediação, acaba não se tornando interessante para o usuário. Tem que haver um equilíbrio entre moderador e o usuário.

Leandro Leone, 21, aluno do 6º semestre de jornalismo na UMESP.

Você acha que o Limão consegue juntar o jornalismo formal do Estadão com a interatividade do UOL?

“Acho que o Limão está no caminho certo. O site se esforça, tem um objetivo de atrair um público mais jovem, voltado para esse Jornalismo participativo, que é o tema da palestra de hoje.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Sou leigo no assunto, mas mesmo assim acredito que falta alguma coisa”

Humberto Marçal de Oliveira, 35, administrador de empresas.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

Ainda está no começo, mas acho que vai ficar muito bom. É um meio para as pessoas mostrarem o que elas pensam. Para mostrar o que está acontecendo e que nem sempre é coberto.

Você acha que é importante ser coberto por outros ângulos?

Sim. Não tem como você estar em todo os lugares. E mostra o que é importante para o usuário. Você mostra o que está acontecendo na sua região, por exemplo.

Gabriel Bonis, 19, aluno do 3º semestre de Jornalismo na UMESP.

Você acha que ainda existem muitas falhas dentro do jornalismo participativo?

“Acho que tem que ter uma supervisão em cima das publicações, porque qualquer um pode ir e achar que tem o direito de escrever o que quer, e não é bem assim. (Camila Leite de Lima, 20)

E você acha que isso acontece por causa das ferramentas ou dos profissionais?

De nenhum dos dois. Acho que é um pouco de irresponsabilidade das pessoas mesmo, de achar que podem escrever o que quiserem.” (Camila Leite de Lima, 20)

“Acho que como é uma novidade, está todo mundo muito empolgado e ninguém sabe direito como lidar com isso. Nem os usuários, nem os moderadores, mas acho que a tendência é melhorar. Independente de ter alguém moderandp, podando, censurando. As próprias pessoas vão adquirindo uma consciência maior. Há o costume de levarem a vida real para o espaço virtual, então, da mesma forma que na vida real as pessoas sabem que não é legal fazer baderna e xingar, eles fazem isso na web porque é um ambiente novo e, com o passar do tempo, creio os usuários se comportarão normalmente.” (Aline Costa, 21)

Alunas do 4º semestre de Jornalismo na UMESP

Saiba quem são:

Margot Pavan

Margot Pavan nasceu em Santo André (SP), filha única, ainda criança mudou –se para cidade de Riberão Pires.



Bacharel em Filosofia e mestre em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP). Foi durante a graduação que Margot ganhou de seu pai, engenheiro, seu primeiro computador, motivo pelo qual entrou no núcleo de informática da POLI (USP).



Em 1994, Pavan, foi para o Grupo Folha e no ano de 1995 recebeu o Prêmio Folha no projeto “Folha Informações Esporte” na categoria serviço. Fez parte da equipe que fundou o UOL e gerenciou toda a criação dos produtos interativos do portal entre eles a Sala de Bate Papos, permanecendo até 2005. “É maravilhoso ver que em uma sala de bate papo às pessoas se conhecem e muitas vezes casam e têm filhos é surpreendente”, afirmou Pavan, que confessou já ter recebido até um ultra-som do bebê de um casal, que se conheceu na sala de bate papo.



Liderou ainda a criação dos premiados sites oficiais da XXIII e XXIV Bienais Internacionais de São Paulo.



No portal IG foi responsável pelo conteúdo do ‘‘Second Life’’ (Segunda Vida), universo virtual no qual os usuários para participar criam avatares (personagens) e constroem ambientes e objetos, interagindo com outros membros do mundo 3D.



Atualmente, está na Abril.com gerenciando o desenvolvimento de Mídia Digital e leciona “Hiper Mídia e Interatividade” e "Produção Cultural Online" nos programas de pós-graduação e no curso de Design Gráfico no Centro Universidade Belas Artes de São Paulo.



Quando questionada sobre um possível sonho que gostaria de realizar, a atual gerente contratada da Abril, disse que queria ter mais tempo para ir viajar “gostaria de viajar mais, conhecer a Índia que ainda não conheço. Acho que conhecer outros povos é uma experiência incrível”.



Por ser uma pioneira no quesito jornalismo participativo, Margot Pavan é um exemplo a ser seguido por todos aqueles que admiram ou querem seguir carreira na área, de fala calma e muito clara, Margot cativa por sua simpatia e profissionalismo.



Equipe de reportagem: Juliana Thaís Regueira, Marcio Augusto, Mariana Augusto, Priscila de Sousa, Tabata Dias, Thaís Morrone, Suzi Mayumi



Ana Lúcia Araújo

Ana Lúcia Araújo formou-se em jornalismo pela Umesp (Universidade Metodista de São Paulo) em 1996. Araújo trabalha com jornalismo on-line e internet participativa desde 1999. Já participou do site UOL, integrou a equipe criadora da página Folha Online e hoje atua como editora de conteúdo e home page do Limão, pertencente ao grupo Estado. O portal é o primeiro experimento do Grupo focado no público jovem: “O Limão tenta buscar o público jovem de maneira inusitada. Em outubro faremos um ano e temos cerca de 350 mil pessoas cadastradas”, disse Araújo.

A jornalista ainda colabora com o blog Intermezzo além de possuir dois blogs pessoais, Orkut e Twitter.

As paixões pelo jornalismo digital e pela possibilidade de integrar diversas pessoas em um só lugar fazem com que Ana passe por cima dos milhares de processos recebidos. “Trabalhar com internet ainda é difícil. Se duas meninas de quinze anos brigam por um bate-papo, a culpa também é nossa”.

Ana Lu (seu nickname) esbanja simpatia e uma consciência de que a internet, seu meio preferido de trabalho, é o que há de mais importante para a imprensa de hoje.

Equipe de reportagem: Gabriela Soares, Luana Arrais, Raphael Calles, Larissa Armani



Ricardo Fotios

Ricardo Fotios tem uma trajetória nada convencional no jornalismo. Formado em letras no final da década de 80, diz que gostava mesmo era de escrever. Fotios considera que o jornalismo é que optou por ele, “de repente fui convidado para fazer um free lance do Diário do Grande ABC, não foi uma coisa planejada. Ah! Eu quero ser jornalista, não foi assim. Foi gradativamente. Eu ainda estou aprendendo”, conta.
Então, já inserido no meio jornalístico há mais de 20 anos, Fotios resolve se graduar na profissão, concluindo o curso na Universidade Metodista, em 2006.
O jornalista tem passagem por diversos meios de comunicação. Já atuou em jornais como o Diário do Grande ABC e a Folha de São Paulo, trabalhou como editor-assistente da revista Contigo! , e foi correspondente da Olimpíada de Sydney em 2000 e do Fórum Mundial das Culturas, em Barcelona, no ano de 2004. Atualmente é gerente das estações UOL mail e Bate- papo UOL, gerente de conteúdo dos portais BOL e ZIP e ministra aulas de Jornalismo Online na Universidade Metodista.
Fotios, juntamente com Margot Pavan e Ana Lucia Araújo, convidadas da noite de 24 de setembro para o painel sobre Jornalismo Participativo, fez parte do inicio da Folha Online e do site OUL. Ele comenta que desde os tempos do Diário do Grande ABC, quando implantaram um computador precário na redação, desses que só faziam pesquisas, o interesse por aquele novo equipamento já foi muito grande. Fotios lembra que quando trabalhava na editora Abril passava mais tempo na Internet do que fazendo reportagens.
Sobre a questão da Internet acabar com o jornalismo impresso, o professor comenta: “os meios podem acabar independentemente da Internet. Vamos imaginar um mundo em que não haja Internet e que acabaram as árvores. Não tem papel, então não é a Internet que vai acabar com o impresso, existem outras questões. Eu não acho que uma mídia acaba com a outra.” Para ele a verdadeira convergência se dará através do celular, “o aparelho móvel na minha opinião é uma profecia. Você vai ter Internet, televisão, rádio, vai ler o seu jornal preferido, vai poder falar com as pessoas, vai poder fazer compras. Esse é o aparelho que vai ter a convergência, não é o computador.”
Fotios é a favor da expansão da Internet, seja pelo acesso gratuito, seja pelas melhorias no sistema de banda larga brasileiro, porém defende que o jornalista não pode se sentir prejudicado na formação de conteúdo por causa de nenhuma tecnologia, para ele quem gera a demanda tecnológica são os jornalistas e usuários, jamais o contrário.
Quando perguntado sobre suas ambições no jornalismo, humildemente nos conta: “Eu tive a sorte de fazer muitas coisas muito cedo. Não é exatamente sorte, mas...” Logo se aproxima uma câmera de TV e um microfone, percebemos que o tom de voz do professor muda um pouco: “eu tenho um problema com TV, é só ver um microfone que eu já começo a tremer, as idéias saem da cabeça, dá um branco. Talvez seja essa uma ambição no jornalismo: ter menos medo de microfone e câmera.”
De fotos Fotios não tem medo, porém é difícil conseguir um momento em que ele fique parado, isso retrata um pouco a sua personalidade agitada e “plugada” a todos os movimentos ao seu redor.
Escrito por: Amanda Name, Juliana Amaral, Julio Rodrigues, Raquel de Carvalho, Rafael Gaspar, Suellen Smosinski e Wendell Dias.